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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Luciana N.27 7G- Ismael Nery

                        Ismael Nery
Não era artista, era filósofo; não era pintor, era poeta; não defendia a nacionalização da arte, como os modernistas de sua época, mas, ao contrário, entendia a expressão artística em seu sentido mais amplo, universal, entrelaçando todas as correntes de pensamento e estética; não se fixava na natureza, mas no ser humano, conseqüentemente, não pintava paisagens, marinhas ou naturezas mortas, mas somente seres humanos, em momentos triviais: nem angústia, nem desespero, nem perplexidade; apenas o cotidiano das pessoas.

Ismael Nery nasceu em Belem(Para) no dia 9 de outubro de 1900 e morreu no Rio de Janeiro no dia 6 de abril de 1934  foi um pintor brasileiro de influência surrealista.
Descendente de indígenas, africanos e neerlandeses (holandeses), em 1909 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1915, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes. Viajou pela Europa em 1920, tendo freqüentado a Academia Julian, emParis. De volta ao Brasil, trabalhou em arquitetura no Patrimônio Nacional do Ministério da Fazenda, onde conheceu o poeta Murilo Mendes que se tornaria seu grande amigo.

Em 1922, casou-se com a poetisa Adalgisa Ferreira.. Em 1926, deu início ao seu sistema filosófico de fundamentação católica e neotomista, denominado de Essencialismo. Em 1927 fez nova viagem a Europa, onde entrou em contato com Chagall e outros surrealistas.

 Ismael Nery em foto de 1929, retirada do livro Ismael Nery - 50 anos depois, p. 23.

Sua obra sofreu influencias de Picasso e de Giorgiro de Chirico. Seus temas remetem-se sempre à figura humana: retratos, auto-retratos e nus. Não se interessou pelos temas nacionais, indígenas e afro-brasileiros, que considerava regionalistas e limitados. Dedicou-se a várias técnicas aplicadas em desenhos e ilustrações de livros. Foi, também, cenógrafo. Em 1929, depois de uma viagem à Argentina e Uruguai, um diagnóstico revelou que ele era portador de tuberculose, o que o levou a internar-se num sanatório pelo período de dois anos. Saiu de lá aparentemente curado porém, em 1933, a doença voltou de forma irreversível. Foi enterrado vestindo um hábito dos franciscanos, numa homenagem dos frades à sua ardorosa católica.

                       Algumas de suas obras:

  Composição Surrealista , 1928
óleo sobre cartão, c.i.d.
34 x 26 cm
Coleção Particular
Reprodução fotográfica César Barreto


     Auto-Retrato [Homem de Chapéu] , s.d.
óleo sobre cartão sobre madeira, c.i.d.
39 x 29,9 cm
Coleção Chaim José Hamer (São Paulo, SP)
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

   Auto-Retrato , 1927
óleo sobre tela
129 x 84 cm
Coleção Domingos Giobbi (São Paulo SP)
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

   Eva , 1923
óleo sobre tela
51 x 36 cm
Coleção Bejamim Fleider (São Paulo, SP)
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

    Andrógino , s.d.
Aquarela sobre papel, c.i.e.
27 x 18,5 cm
Coleção Luis Fernando Nazarian (São Paulo, SP)
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

    Nu Feminino , 1925
óleo sobre tela
76 x 41 cm
Coleção H. Lutterbach, RJ
Reprodução fotográfica César Barreto
   Duas Mulheres , exata 1926
óleo sobre cartão, c.i.d.
45,1 x 37,2 cm
Coleção Chaim José e Regina Hamer (são Paulo, SP)
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

   Namorados , 1926
óleo sobre cartão
55 x 46 cm
Coleção Aldo B. Franco
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini \

   A Família , ca. 1924
óleo sobre tela, c.i.d.
37 x 47 cm
Coleção Particular
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini



   Figura Feminina , s.d.
óleo sobre cartão sobre madeira, c.s.e.
34 x 26,5 cm
Coleção Particular
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

   Retrato de Adalgisa , 1924
óleo sobre tela
39,5 x 32 cm
Coleção Particular
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini 

   Entre outras...

                   Bibliografia
























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