Quem foi o doador da obra "Móvel de múltiplas utilidades"?

terça-feira, 31 de maio de 2011

Giulia Camacci - 7G - Nº13

Historico do Modernismo no Brasil:

Origens:
A primeira metade do século XIX na Europa foi marcada por uma série de guerras e revoluções turbulentas, as quais gradualmente traduziram-se em um conjunto de doutrinas atualmente identificadas com o movimento romântico, focado na experiência individual subjetiva, na supremacia da Natureza como um tema padrão na arte, meios de expressão revolucionários ou radicais e na liberdade do indivíduo. Em meados da metade do século, entretanto, uma síntese destas ideias e formas de governo estáveis surgiram. Chamada de vários nomes, esta síntese baseava-se na ideia de que o que era "real" dominou o que era subjetivo. Exemplificada pela realpolitik de Otto von Bismarck, ideias filosóficas como o positivismoe normas culturais agora descritas pela palavra vitoriano.
O advento do Modermismo :
Em princípio, o movimento pode ser descrito genericamente como uma rejeição da tradição e uma tendência a encarar problemas sob uma nova perspectiva baseada em ideias e técnicas atuais. Daí Gustav Mahler considerar a si próprio um compositor "moderno" e Gustave Flaubert ter proferido sua famosa frase "É essencial ser absolutamente moderno nos seus gostos". A aversão à tradição pelos impressionistas faz destes um dos primeiros movimentos artísticos a serem vistos, em retrospectiva, como "moderno". Na literatura, o movimento simbolista teria uma grande influência no desenvolvimento do Modernismo, devido ao seu foco na sensação. Filosoficamente, a quebra com a tradição por Nietzsche e Freud provê um embasamento chave do movimento que estaria por vir: começar de novo de princípios primários, abandonando as definições e sistemas prévios. Esta tendência do movimento em geral conviveu com as normas de representação do fim do século XIX; frequentemente seus praticantes consideravam-se mais reformadores do que revolucionários.
Artistas:
Alguns marcos são a música de Arnold Schoenberg, as experiências pictóricas de Kandinsky que culminariam na fundação do grupo Der blaue Reiter em Munique e o advento do cubismo através do trabalho de Picasso e Georges Braque em 1908 e dos manifestos de Guillaume Apollinaire, além, é claro, do Expressionismo inspirado em Van Gogh e do Futurismo.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo#Hist.C3.B3ria_do_modernismo

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Juliana nº24 - Vittorio Gobbis



Vittorio Gobbis nasceu em Motta di Livrenza, Itália 1894 e morreu em São Paulo SP 1968. Foi Pintor, desenhista, gravador e restaurador.  Seu pai era um pintor de igrejas e já criança começou os primeiros ensaios de pintura. Seu pai, não querendo que ele se dedicasse às artes plasticas, eviou-o, aos doze anos, para a casa de um parente na Romênia, onde deveria trabalhar no comércio. Vittorio fugiu de casa e voltou escondido para Treviso, uma cidade próxima ao local que era a sua vila natal, querendo estudar artes plásticas que era a sua verdadeira vocação.
Começou a trabalhar num ateliê especializado em restaurações de quadros. Foi aí que ele aprendeu a técnica do restauro, que iria aplicar muitas vezes  em sua vida profissional.
Ele participou da primeira guerra mundial de 1914 e, terminado o conflito, formou-se na Academia de Belas Artes de Veneza. Foi um aluno bagunceiro e briguento, mas muito estudioso porque era profundo conhecedor da história das artes e dos segredos  da restauração de pinturas.
Apesar de já ter aberto seu próprio ateliê em Veneza, em 1923, levado pelo espírito de aventura, largou tudo - família, encomendas, quadros - e partiu em busca de novos horizontes, vindo aportar, sem um tostão no bolso, na cidade de São Paulo.
Chegando à capital paulista, cheia de artistas italianos aí residentes, não lhe foi dificil fazer amizades e integrar-se no meio, especialmente o da pintura. Logo destacou-se pelo seu excepcional conhecimento histórico e técnico da arte de pintar.
Prova da competência de Vittorio Gobbis e de sua habilidade no tratamento com obras de arte é a várias vezes citada extração de um afresco representando a Santa Ceia pintado por Antonio Gomide na residência de Carlos Pinto Alves. A preciosa pintura estava no local a vinte e dois anos e foi removida com sucesso para o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo que a recebera em doação.
Em 1931 Gobbis foi convidado por Lucio Costa a participar do XXXVIII Salão da Escola com obras , o chamado Salão Revolucionário realizado em 1931 com a presença dos principais pintores de São Paulo, o que nunca havia acontecido anteriormente. Pela primeira vez o Salão tradicionalmente preso a uma arte passadista, enchia-se de um novo estilo modernizante. Além de Gobbis, lá estavam Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Cândido Portinari, Cícero Dias, Guignard, Tarsila, Paulo Rossi Osir, Lasar Segall e outros tantos artistas de vanguarda de todo o país, ao lado de muitos dos antigos frequentadores de salões anteriores.
Em 1932 um grupo de artistas e personalidades da sociedade paulistana reuniram-se para fundar a Sociedade Pró-Arte Moderna ou SPAM como ficou conhecida. Teve vida efêmera mas muito fez para a afirmação do novo estilo. Realizou alguns eventos que marcaram a vida de São Paulo.

ALGUMAS DE SUAS OBRAS
vaso de fores


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Noemia Mourão- Manuella n° 29



Biografia:
Noêmia Mourão Moacyr (Bragança Paulista, 15 de fevereiro de 1912 – São Paulo, 21 de agosto de 1992),
pintora figurativa, desenhista e cenógrafa.

PULANDO CORDA
aquarela - cie - 47 x 31
2.500
Paisagem marítima com duas moças, 1937 –
 óleo sobre tela - 79,2x63 cm

Cronologia:
Foi aluna de pintura do artista Emiliano Di Cavalcanti com quem se casou em 1933 (separando-se em
1947). Na companhia do marido, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou ilustrando (com aquarelas e
desenhos) poemas para jornais, e para Recife – local onde teve grande contato com Gilberto Freire, Cícero Dias, Lula Cardoso Ayres (assim como outros renomados artistas e escritores); depois, seguiram
juntos para a Europa (Lisboa, onde fixaram residência por um curto período, Bélgica, Espanha e outros
países).
Durante cinco anos (1935 a 1940) estudou em Paris – Academia Ranson, Academia La Grande Chaumière e
na Sorbonne (nesta instituição fez o curso de Filosofia e História da Arte) –, trabalhou como ilustradora dos
jornais Le Monde e Paris Soir e foi convidada pela Radio Difusion Française, onde participou de um
programa sobre artes plásticas e literatura (discutido em língua portuguesa) junto com outros grandes
artistas (Cícero Dias, Tavares Bastos e Marcelino de Carvalho).
Quando voltou para o Brasil, estudou com o artista Victor Brecheret, mas sua grande paixão continuou sendo a aquarela.
Em 1947, a convite do governo norte-americano, morou (por um período de seis meses) em Nova York
ilustrando revistas, decorando vitrines da Quinta Avenida (principal avenida novaiorquina) e trabalhando no
feitio de estamparias.
Trabalhou desenhando cenários e figurinos para o Teatro Brasileiro de Comédia, projetou os cenários e os
figurinos para o Balé Fantasia Brasileira (um dos eventos das comemorações do IV Centenário de São
Paulo) e nos anos 60 viajou pelo Brasil estudando a arte plumária indígena (pesquisa que resultou no livro Arte Plumária e Máscara de Danças dos Índios Brasileiros (1971).
Participou de exposições como o Salão de Pintoras da Europa – entre outras mostras em Paris –, da 4ª
Bienal Internacional de São Paulo e por todo o Brasil.
O MAB/Faap de São Paulo organizou, em 1990, uma Retrospectiva de suas obras.
Após sua morte, seus trabalhos foram apresentados em diversas exposições como a mostra 100 Obras-
Primas da Coleção Mário de Andrade: Pintura e Escultura (IEB/USP, 1993), Fantasia Brasileira: O Balé do IV
Centenário (Sesc, 1998), entre outras.

manuella n° 29

A esposa de Di Cavalcant

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Luciana N.27 7G- Ismael Nery

                        Ismael Nery
Não era artista, era filósofo; não era pintor, era poeta; não defendia a nacionalização da arte, como os modernistas de sua época, mas, ao contrário, entendia a expressão artística em seu sentido mais amplo, universal, entrelaçando todas as correntes de pensamento e estética; não se fixava na natureza, mas no ser humano, conseqüentemente, não pintava paisagens, marinhas ou naturezas mortas, mas somente seres humanos, em momentos triviais: nem angústia, nem desespero, nem perplexidade; apenas o cotidiano das pessoas.

Ismael Nery nasceu em Belem(Para) no dia 9 de outubro de 1900 e morreu no Rio de Janeiro no dia 6 de abril de 1934  foi um pintor brasileiro de influência surrealista.
Descendente de indígenas, africanos e neerlandeses (holandeses), em 1909 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1915, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes. Viajou pela Europa em 1920, tendo freqüentado a Academia Julian, emParis. De volta ao Brasil, trabalhou em arquitetura no Patrimônio Nacional do Ministério da Fazenda, onde conheceu o poeta Murilo Mendes que se tornaria seu grande amigo.

Em 1922, casou-se com a poetisa Adalgisa Ferreira.. Em 1926, deu início ao seu sistema filosófico de fundamentação católica e neotomista, denominado de Essencialismo. Em 1927 fez nova viagem a Europa, onde entrou em contato com Chagall e outros surrealistas.

 Ismael Nery em foto de 1929, retirada do livro Ismael Nery - 50 anos depois, p. 23.

Sua obra sofreu influencias de Picasso e de Giorgiro de Chirico. Seus temas remetem-se sempre à figura humana: retratos, auto-retratos e nus. Não se interessou pelos temas nacionais, indígenas e afro-brasileiros, que considerava regionalistas e limitados. Dedicou-se a várias técnicas aplicadas em desenhos e ilustrações de livros. Foi, também, cenógrafo. Em 1929, depois de uma viagem à Argentina e Uruguai, um diagnóstico revelou que ele era portador de tuberculose, o que o levou a internar-se num sanatório pelo período de dois anos. Saiu de lá aparentemente curado porém, em 1933, a doença voltou de forma irreversível. Foi enterrado vestindo um hábito dos franciscanos, numa homenagem dos frades à sua ardorosa católica.

                       Algumas de suas obras:

  Composição Surrealista , 1928
óleo sobre cartão, c.i.d.
34 x 26 cm
Coleção Particular
Reprodução fotográfica César Barreto


     Auto-Retrato [Homem de Chapéu] , s.d.
óleo sobre cartão sobre madeira, c.i.d.
39 x 29,9 cm
Coleção Chaim José Hamer (São Paulo, SP)
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

   Auto-Retrato , 1927
óleo sobre tela
129 x 84 cm
Coleção Domingos Giobbi (São Paulo SP)
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

   Eva , 1923
óleo sobre tela
51 x 36 cm
Coleção Bejamim Fleider (São Paulo, SP)
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

    Andrógino , s.d.
Aquarela sobre papel, c.i.e.
27 x 18,5 cm
Coleção Luis Fernando Nazarian (São Paulo, SP)
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

    Nu Feminino , 1925
óleo sobre tela
76 x 41 cm
Coleção H. Lutterbach, RJ
Reprodução fotográfica César Barreto
   Duas Mulheres , exata 1926
óleo sobre cartão, c.i.d.
45,1 x 37,2 cm
Coleção Chaim José e Regina Hamer (são Paulo, SP)
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

   Namorados , 1926
óleo sobre cartão
55 x 46 cm
Coleção Aldo B. Franco
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini \

   A Família , ca. 1924
óleo sobre tela, c.i.d.
37 x 47 cm
Coleção Particular
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini



   Figura Feminina , s.d.
óleo sobre cartão sobre madeira, c.s.e.
34 x 26,5 cm
Coleção Particular
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

   Retrato de Adalgisa , 1924
óleo sobre tela
39,5 x 32 cm
Coleção Particular
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini 

   Entre outras...

                   Bibliografia
























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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Isadora Thomazetti 7G nº 21

Definição
O modernismo no Brasil tem como marco a
Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo. O evento é organizado por um grupo de intelectuais e artistas do Centenário da Independência o símbolo e a arte acadêmica. A defesa de um ponto de vista novo e estético e o compromisso com a independência cultural do país fizeram do modernismo sinônimo de "estilo novo", diretamente relacionada a influência de 1922. Heitor Villa-Lobos na música; Mário de Andrade e Oswald de Andrade, na literatura; Victor Brecheret, na escultura; Anita Malfatti e Di Cavalcanti, na pintura, são alguns dos participantes da Semana, realçando sua abrangência e heterogeneidade. Os estudiosos continuam a considerar o período de 1922 a 1930, como a fase em que se evidencia um compromisso primeiro dos artistas com a renovação estética, beneficiada pelo contato estreito com as vanguardas européias (cubismo, futurismo, surrealismo etc.). Tal esforço de redefinição da linguagem artística se articula a um forte interesse pelas questões nacionais, que ganham acento destacado a partir da década de 1930, quando os ideais de 1922 se difundem e se normalizam. Ainda que o modernismo no Brasil deva ser pensado a partir de suas expressões múltiplas - no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco etc. - a Semana de Arte Moderna é um fenômeno eminentemente urbano e paulista, conectado ao crescimento de São Paulo na década de 1920, à industrialização, à migração maciça de estrangeiros e à urbanização.









sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vivian, n.o 35 - 7G - Cassiano Ricardo




Cassiano Ricardo


Cassiano Ricardo nasceu em São José dos Campos, dia 26 de julho de 1895 e faleceu no Rio de Janeiro, dia 14 de janeiro de 1974 com 78 anos. Ele foi jornalista, poeta e ensaísta brasileiro.
Ele se formou em direito no Rio de Janeiro, no ano de 1917, quando estava a caminho de São Paulo Cassiano trabalhou como jornalista. Em 1924 fundou a Novíssima, uma revista modernista.
Em 1928 publica Martim Cererê, importante experiência modernista primitivista-nacionalista na linha mitológica de Macunaíma
Em 1950 ele foi eleito como o presidente do clube da poesia de São Paulo. E entre 1953 e 1954 foi o chefe do Escritório Comercial do Brasil em Paris, e depois ocupando outros cargos públicos nos anos seguintes.
Veja abaixo alguns poemas de Cassiano Ricardo:
Desejo

As coisas que não conseguem morrer
Só por isso são chamadas eternas.
As estrelas, dolorosas lanternas
Que não sabem o que é deixar de ser.


Ó força incognoscível que governas
O meu querer, como o meu não-querer.
Quisera estar entre as simples luzernas
Que morrem no primeiro entardecer.


Ser deus — e não as coisas mais ditosas
Quanto mais breves, como são as rosas
É não sonhar, é nada mais obter.


Ó alegria dourada de o não ser
Entre as coisas que são, e as nebulosas,
Que não conseguiu dormir nem morrer.






A rua

Bem sei que, muitas vezes,
O único remédio
É adiar tudo. É adiar a sede, a fome, a viagem,
A dívida, o divertimento,
O pedido de emprego, ou a própria alegria.
A esperança é também uma forma
De continuo adiamento.
Sei que é preciso prestigiar a esperança,
Numa sala de espera.
Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,
Esperança sentada.
Não abdicação diante da vida.


A esperança
Nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da espera.
Nunca é figura de mulher
Do quadro antigo.
Sentada, dando milho aos pombos.
 
A outra vida


Não espero outra vida, depois desta.
Se esta é má
Por que não bastará aos deuses, já,
A pena que sofri?
Se é boa a vida, deixará de o ser,
Repetida.

Você pode ler mais poemas no site:

Fontes:

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mirella Foronda n. 31 - 7G - Antão Soares

Antão Soares de Almada  foi o clarinetista e músico que mais influenciou no início do século XX. Sites não mostram seu nascimento nem morte. Antão era Sergipano, passou a vida no Rio de Janeiro, e lá virou professor do Conservatório de Música e participou das primeiras apresentações com Villa-Lobos. Uma das músicas mais importantes que Antão tocou foi “Choro no 2 para flauta e clarinete” com Villa-Lobos (compositor) e Ary Ferreira (flautista) que foi apresentada em público pela primeira vez em 1925.  Um dos maiores encontros entre os principais modernistas brasileiros foi de 11 a 18 de fevereiro de 1922, na Semana de Arte Moderna no Tearo Municipal de São Paulo.
Antão tocava música erudita e modernista onde era misturada música romântica com moderna. A novidade confundia os críticos. Confusão que misturava conceitos e preconceitos.




                                Cartaz da Semana 22 satirizando músicos e pintores.