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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Juliana nº24 - Vittorio Gobbis



Vittorio Gobbis nasceu em Motta di Livrenza, Itália 1894 e morreu em São Paulo SP 1968. Foi Pintor, desenhista, gravador e restaurador.  Seu pai era um pintor de igrejas e já criança começou os primeiros ensaios de pintura. Seu pai, não querendo que ele se dedicasse às artes plasticas, eviou-o, aos doze anos, para a casa de um parente na Romênia, onde deveria trabalhar no comércio. Vittorio fugiu de casa e voltou escondido para Treviso, uma cidade próxima ao local que era a sua vila natal, querendo estudar artes plásticas que era a sua verdadeira vocação.
Começou a trabalhar num ateliê especializado em restaurações de quadros. Foi aí que ele aprendeu a técnica do restauro, que iria aplicar muitas vezes  em sua vida profissional.
Ele participou da primeira guerra mundial de 1914 e, terminado o conflito, formou-se na Academia de Belas Artes de Veneza. Foi um aluno bagunceiro e briguento, mas muito estudioso porque era profundo conhecedor da história das artes e dos segredos  da restauração de pinturas.
Apesar de já ter aberto seu próprio ateliê em Veneza, em 1923, levado pelo espírito de aventura, largou tudo - família, encomendas, quadros - e partiu em busca de novos horizontes, vindo aportar, sem um tostão no bolso, na cidade de São Paulo.
Chegando à capital paulista, cheia de artistas italianos aí residentes, não lhe foi dificil fazer amizades e integrar-se no meio, especialmente o da pintura. Logo destacou-se pelo seu excepcional conhecimento histórico e técnico da arte de pintar.
Prova da competência de Vittorio Gobbis e de sua habilidade no tratamento com obras de arte é a várias vezes citada extração de um afresco representando a Santa Ceia pintado por Antonio Gomide na residência de Carlos Pinto Alves. A preciosa pintura estava no local a vinte e dois anos e foi removida com sucesso para o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo que a recebera em doação.
Em 1931 Gobbis foi convidado por Lucio Costa a participar do XXXVIII Salão da Escola com obras , o chamado Salão Revolucionário realizado em 1931 com a presença dos principais pintores de São Paulo, o que nunca havia acontecido anteriormente. Pela primeira vez o Salão tradicionalmente preso a uma arte passadista, enchia-se de um novo estilo modernizante. Além de Gobbis, lá estavam Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Cândido Portinari, Cícero Dias, Guignard, Tarsila, Paulo Rossi Osir, Lasar Segall e outros tantos artistas de vanguarda de todo o país, ao lado de muitos dos antigos frequentadores de salões anteriores.
Em 1932 um grupo de artistas e personalidades da sociedade paulistana reuniram-se para fundar a Sociedade Pró-Arte Moderna ou SPAM como ficou conhecida. Teve vida efêmera mas muito fez para a afirmação do novo estilo. Realizou alguns eventos que marcaram a vida de São Paulo.

ALGUMAS DE SUAS OBRAS
vaso de fores


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